segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Trilha do Sono

Na trilha do sono pudemos perceber a subdivisão da Mata Atlântica, apresentando no início da trilha o Brejo de Altitude, que possui formações constituídas principalmente por espécies arbóreasHá uma grande quantidade de animais e plantas endêmicas
 palmito juçara,via jardineiro.net

Gradualmente houve uma mudança para a Mata de Encosta que possui uma grande quantidade de matéria orgânica sobre sua superfície. Ela é caracterizada por grandes árvores, orquídeas, bromélias, samambaias e palmeiras, como o palmito juçara que é muito procurado para extração do palmito, entretanto, esta extração é muito combatida como anti-ecológica, pois após o corte do palmito, a planta morre e esta palmeira não se reproduz por brotação, apenas por sementes, e demora até 10 anos para maturação. 

A inclinação do terreno e a pouca profundidade do solo tornam bastante difícil a fixação das árvores, que precisam ter raízes superficiais e fortes com capacidade de mantê-las em pé. A matéria orgânica em decomposição no ambiente úmido fornece aos vegetais grande quantidade de nutrientes, permitindo o desenvolvimento de grandes árvores
depois de uma trilha cansativa e longa, chegamos a uma bela ilha com uma linda estoria, e uma das praias mais bonitas que existem no Brasil.





teatro de bonecos

Era o dia 14 de julho de 1985.  Às 21 horas, um Recital de Violão de Turíbio Santos, ia inaugurar o Teatro Espaço. A casa de número 327, da Rua Dona Geralda, em Paraty já tinha sido um armazém. Segundo Seu Zezito Freire, morador antigo e conhecedor profundo, foi também o primeiro cinema. Depois sei que foi um bar chamado “A Luz Difusa do Abajur Lilás” (belo nome...) e depois a galeria de arte do Zilco. Mas foi como casa de moradia do seu proprietário, Douglas Rameck, que Rachel e eu a conhecemos.
Compramos o prédio no início de 1985 e começamos uma reforma, com os pouquíssimos recursos que nos sobraram e conseguimos transformar a casa no grande galpão que tinha sido no início. Mas foi só isto e no dia 14 de Julho, o teatro não tinha palco, não tinha cadeiras, não tinha nada... Conseguimos carteiras do CEMBRA, a escola estadual, que juntamos e cobrimos e cadeiras emprestadas que colocamos em fila. Pronto, tínhamos palco e platéia... O recital do Turíbio foi um grande sucesso e daí para frente não parou mais.
Trinta anos se foram, de batalha, de esforço, mas também de alegria, de prêmios e de uma sustentabilidade garantida quase integralmente pela nossa bilheteira. Mas foi um longo caminho, de olhar, entender e aprender com humildade. Paraty é uma cidade especial. Aqui, tem um público que se modifica a cada semana. Gente nova chegando sempre, gente interessada numa cidade histórica, o que em si, já é um interesse cultural. Mas como atrair para dentro da nossa sala aquele público. Aí o aprendizado se intensificou. Uma coisa é você perceber a realidade do lugar, o que ele te oferece. Outra é você conseguir transformar este conhecimento em benefício. Começamos pelo entendimento de que somos parte da economia local. Profissionais como os demais, cumprindo com a nossa função dentro da comunidade de maneira digna e respeitosa. 
espaço dentro do teatro 

entrada do teatro

Durante a viagem podemos contar com a visita do belo teatro de bonecos onde podemos assistir a 7 peças,  o espetáculo traz um velho tocando violino, um suicídio, uma índia em momento de reflexão, o flerte engraçado de dois velhinhos, um namoro pré-adolescente, uma surpreendente cena de rejuvenescimento ou renascimento, e um misto de despertar erótico e parto que é particularmente perturbador.
Em nossa opinião a peça mais marcante foi a ultima em que a mulher se engravida, mostra a autossuficiência da mulher, onde mostra que a mulher pode fazer tudo o que ela quiser sozinha sem precisar de um homem ao seu lado. A peça retrata esse assunto pois todas as peças são baseadas nos seculos passados onde a sociedade era muito machista e a mulher não tinha voz e era tratada como inferior ao homem.
peca que mostra a autossuficiência da mulher 

trilha do ouro

entrada da trilha 
Estrada construída pelos escravos entre os séculos XVII e XIX, a partir de trilhas dos índios guaianazes, o Caminho do Ouro está relativamente preservado e se encontra envolto pela exuberância da Mata Atlântica do Parque Nacional da Serra da Bocaína.
Ponto de passagem obrigatório, nos séculos XVII e XVIII, o caminho ligava Minas Gerais a Rio de Janeiro e São Paulo. No chamado "Ciclo do Ouro", Paraty exercia a função de Entreposto Comercial e também por sua posição geográfica, porto escoadouro da produção de ouro de Minas para Portugal. Foi uma das mais importantes cidades portuárias do século XVIII. Obras de engenharia e drenagem, ainda hoje deixam qualquer um admirado pelo seu tamanho e forma de execução, pedra sobre pedra, encaixes perfeitos, sistemas de drenagem funcionais.
Paraty exercia a função de Entreposto Comercial e também por sua posição geográfica, porto escoadouro da produção de ouro de Minas para Portugal. Foi uma das mais importantes cidades portuárias do século XVIII.

um pouco da trilha 


Com a descoberta de ouro na região das Minas Gerais, a dinâmica de Paraty ganhou novo impulso. Em 1702, o governador da capitania do Rio de Janeiro determinou que as mercadorias somente poderiam ingressar na Colônia pela cidade do Rio de Janeiro e daí tomar o rumo de Paraty, de onde seguiriam para as Minas Gerais pela antiga trilha indígena, agora pavimentada com pedras irregulares, que passou a ser conhecida por Caminho do Ouro.
A proibição do transporte de ouro pela estrada de Paraty, a partir de 1710, fez os seus habitantes se rebelarem. A medida foi revogada, mas depois restabelecida. Este fato, mas principalmente a abertura do chamado Caminho Novo, ligando diretamente o Rio de Janeiro às Minas, tiveram como consequência a diminuição do movimento na vila.
A partir do século XVII registra-se o incremento no cultivo de cana-de-açúcar e a produção de aguardente. No século XVIII o número de engenhos ascendia a 250, registrando-se, em 1820, 150 destilarias em atividade. A produção era tão elevada que a expressão "Parati" passou a ser sinônimo de cachaça, produção artesanal que perdura até aos nossos dias

Como parte do caminho se encontra inserido no Parque Nacional da Serra da Bocaína, os visitantes podem desfrutar de belas paisagens naturais, observar várias espécies da fauna e flora da Mata Atlântica, tais como: Flora: Jequitibá, Ipê, Araribá, Canela, Quaresmeira, Palmito Jussara, Bromélias, Orquídeas, etc. Fauna: Sabiá, Tiê, Saíras, Tangará, Tucano, Periquitos, Pica-pau, Lagartos, Caxinguelê, Guaxinim, Tatú, Cotias, etc.