segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Trilha do Sono

Na trilha do sono pudemos perceber a subdivisão da Mata Atlântica, apresentando no início da trilha o Brejo de Altitude, que possui formações constituídas principalmente por espécies arbóreasHá uma grande quantidade de animais e plantas endêmicas
 palmito juçara,via jardineiro.net

Gradualmente houve uma mudança para a Mata de Encosta que possui uma grande quantidade de matéria orgânica sobre sua superfície. Ela é caracterizada por grandes árvores, orquídeas, bromélias, samambaias e palmeiras, como o palmito juçara que é muito procurado para extração do palmito, entretanto, esta extração é muito combatida como anti-ecológica, pois após o corte do palmito, a planta morre e esta palmeira não se reproduz por brotação, apenas por sementes, e demora até 10 anos para maturação. 

A inclinação do terreno e a pouca profundidade do solo tornam bastante difícil a fixação das árvores, que precisam ter raízes superficiais e fortes com capacidade de mantê-las em pé. A matéria orgânica em decomposição no ambiente úmido fornece aos vegetais grande quantidade de nutrientes, permitindo o desenvolvimento de grandes árvores
depois de uma trilha cansativa e longa, chegamos a uma bela ilha com uma linda estoria, e uma das praias mais bonitas que existem no Brasil.





teatro de bonecos

Era o dia 14 de julho de 1985.  Às 21 horas, um Recital de Violão de Turíbio Santos, ia inaugurar o Teatro Espaço. A casa de número 327, da Rua Dona Geralda, em Paraty já tinha sido um armazém. Segundo Seu Zezito Freire, morador antigo e conhecedor profundo, foi também o primeiro cinema. Depois sei que foi um bar chamado “A Luz Difusa do Abajur Lilás” (belo nome...) e depois a galeria de arte do Zilco. Mas foi como casa de moradia do seu proprietário, Douglas Rameck, que Rachel e eu a conhecemos.
Compramos o prédio no início de 1985 e começamos uma reforma, com os pouquíssimos recursos que nos sobraram e conseguimos transformar a casa no grande galpão que tinha sido no início. Mas foi só isto e no dia 14 de Julho, o teatro não tinha palco, não tinha cadeiras, não tinha nada... Conseguimos carteiras do CEMBRA, a escola estadual, que juntamos e cobrimos e cadeiras emprestadas que colocamos em fila. Pronto, tínhamos palco e platéia... O recital do Turíbio foi um grande sucesso e daí para frente não parou mais.
Trinta anos se foram, de batalha, de esforço, mas também de alegria, de prêmios e de uma sustentabilidade garantida quase integralmente pela nossa bilheteira. Mas foi um longo caminho, de olhar, entender e aprender com humildade. Paraty é uma cidade especial. Aqui, tem um público que se modifica a cada semana. Gente nova chegando sempre, gente interessada numa cidade histórica, o que em si, já é um interesse cultural. Mas como atrair para dentro da nossa sala aquele público. Aí o aprendizado se intensificou. Uma coisa é você perceber a realidade do lugar, o que ele te oferece. Outra é você conseguir transformar este conhecimento em benefício. Começamos pelo entendimento de que somos parte da economia local. Profissionais como os demais, cumprindo com a nossa função dentro da comunidade de maneira digna e respeitosa. 
espaço dentro do teatro 

entrada do teatro

Durante a viagem podemos contar com a visita do belo teatro de bonecos onde podemos assistir a 7 peças,  o espetáculo traz um velho tocando violino, um suicídio, uma índia em momento de reflexão, o flerte engraçado de dois velhinhos, um namoro pré-adolescente, uma surpreendente cena de rejuvenescimento ou renascimento, e um misto de despertar erótico e parto que é particularmente perturbador.
Em nossa opinião a peça mais marcante foi a ultima em que a mulher se engravida, mostra a autossuficiência da mulher, onde mostra que a mulher pode fazer tudo o que ela quiser sozinha sem precisar de um homem ao seu lado. A peça retrata esse assunto pois todas as peças são baseadas nos seculos passados onde a sociedade era muito machista e a mulher não tinha voz e era tratada como inferior ao homem.
peca que mostra a autossuficiência da mulher 

trilha do ouro

entrada da trilha 
Estrada construída pelos escravos entre os séculos XVII e XIX, a partir de trilhas dos índios guaianazes, o Caminho do Ouro está relativamente preservado e se encontra envolto pela exuberância da Mata Atlântica do Parque Nacional da Serra da Bocaína.
Ponto de passagem obrigatório, nos séculos XVII e XVIII, o caminho ligava Minas Gerais a Rio de Janeiro e São Paulo. No chamado "Ciclo do Ouro", Paraty exercia a função de Entreposto Comercial e também por sua posição geográfica, porto escoadouro da produção de ouro de Minas para Portugal. Foi uma das mais importantes cidades portuárias do século XVIII. Obras de engenharia e drenagem, ainda hoje deixam qualquer um admirado pelo seu tamanho e forma de execução, pedra sobre pedra, encaixes perfeitos, sistemas de drenagem funcionais.
Paraty exercia a função de Entreposto Comercial e também por sua posição geográfica, porto escoadouro da produção de ouro de Minas para Portugal. Foi uma das mais importantes cidades portuárias do século XVIII.

um pouco da trilha 


Com a descoberta de ouro na região das Minas Gerais, a dinâmica de Paraty ganhou novo impulso. Em 1702, o governador da capitania do Rio de Janeiro determinou que as mercadorias somente poderiam ingressar na Colônia pela cidade do Rio de Janeiro e daí tomar o rumo de Paraty, de onde seguiriam para as Minas Gerais pela antiga trilha indígena, agora pavimentada com pedras irregulares, que passou a ser conhecida por Caminho do Ouro.
A proibição do transporte de ouro pela estrada de Paraty, a partir de 1710, fez os seus habitantes se rebelarem. A medida foi revogada, mas depois restabelecida. Este fato, mas principalmente a abertura do chamado Caminho Novo, ligando diretamente o Rio de Janeiro às Minas, tiveram como consequência a diminuição do movimento na vila.
A partir do século XVII registra-se o incremento no cultivo de cana-de-açúcar e a produção de aguardente. No século XVIII o número de engenhos ascendia a 250, registrando-se, em 1820, 150 destilarias em atividade. A produção era tão elevada que a expressão "Parati" passou a ser sinônimo de cachaça, produção artesanal que perdura até aos nossos dias

Como parte do caminho se encontra inserido no Parque Nacional da Serra da Bocaína, os visitantes podem desfrutar de belas paisagens naturais, observar várias espécies da fauna e flora da Mata Atlântica, tais como: Flora: Jequitibá, Ipê, Araribá, Canela, Quaresmeira, Palmito Jussara, Bromélias, Orquídeas, etc. Fauna: Sabiá, Tiê, Saíras, Tangará, Tucano, Periquitos, Pica-pau, Lagartos, Caxinguelê, Guaxinim, Tatú, Cotias, etc. 

domingo, 31 de julho de 2016

Centro histórico de Paraty

Durante o ciclo do Ouro foram construídas sete fortificações em Paraty, a cidade precisava de guarnição portanto a vida pública de seus moradores se dava de seis horas da manhã até seis horas da tarde. Um tiro de canhão localizado no morro do forte abria a entrada de barcos no porto e o portão da cidade, às seis horas da tarde um novo tiro fechava as mesmas.
No século XIX com o ciclo do café, as tropas entravam pela rua de entrada da cidade, e o comércio que anteriormente era muito mais forte na zona portuária se transfere para o centro da cidade, onde o café chega primeiro. As casas possuíam poucas janelas e muitas portas, com a crise economica da cidade não tinha a necessidade de tantas vendas e lojas, então as pessoas passaram a trocar suas portas por janelas. 
No século XX houve a construção da BR 101 que começa a trazer um fluxo de pessoas maior para o local gerando o descobrimento do turismo e a necessidade de pousadas, restaurantes, lojas. Aquelas pessoas que trocaram suas portas por janelas, queriam retornar às suas portas, só que a cidade estava tombada pelo patrimônio histórico nacional, impedindo que houvesse modificações, mas existiam recursos, a cidade no século XIX foi amplamente fotografada então através de um levantamento fotográfico, o proprietário da casa mostrava que no passado existia uma porta no lugar da janela, caso não tivesse foto, abaixo do marco da janela procurava-se uma marca na pedra e entrava em um novo processo.
Com o abandono da cidade, muitos prédios  desabaram e as pedras das construções foram utilizadas nos calçamentos das ruas 

pedra de alicerce onde entrava um batente de porta,
por Letícia Fernandes


No inicio do centro histórico foi inaugurado um chafariz chamado de Chafariz do Pedreira. Construído em mármore branco, em 1851, para abastecer a cidade de água, que era conduzida em tubos de pedra talhada, e era ponto de encontro de lavadeiras e tropeiros que davam água a seus animais.

Chafariz do Pedreira, via panoramio.com

 Nota-se a presença dos maçons no século XVIII já que as portas e janelas da maioria das casas de Paraty eram pintadas em branco e azul, o chamado azul-hortência da Maçonaria Simbólica, um toque de misticismo e esoterismo também se mistura à história desta cidade. As casas da maçonaria apresentam simbolos na lateral das casas, cada um com seu significado próprio, sendo que muitos deles não foram revelados abertamente até os dias atuais.

última loja da maçonaria em Paraty no séc. XIX,  por Letícia Fernandes


Em 1833 fundaram na cidade a loja maçônica “União e Beleza” (na esquina da rua do Comércio com a rua da Cadeia), que foi a última loja criada pelos maçons.

portal da via sacra da loja maçônica "União e Beleza", por Letícia Fernandes


igreja Nossa Senhora do Rosário,
 por Letícia Fernandes

Durante o século XIX, a igreja católica apostólica romana era a igreja oficial do Brasil e mesmo sendo oficial existia uma segregação religiosa, portanto cada grupo possuía sua própria igreja.

A igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Pretos é reivindicada aos escravos que apesar de ter uma pintura barroca, tem uma estrutura muito simples, possuindo tem um padrão missionário. A maior parte dos escravos que a frequentavam não eram católicos e como pertenciam a donos católicos e a um estrato social menor, tomavam para si a religião do colonizador e muitas vezes fingiam ter a mesma.







Martim Afonso de Souza foi o chefe da primeira missão colonizadora do Brasil, que veio com o objetivo de demarcar terras em nome da colônia portuguesa, combater a pirataria, doar terras, fundar vilas e possuía o poder de vida e morte sobre quem estava em território brasileiro. No alto do morro mandou construir uma igreja dedicada à São Roque, primeiro padroeiro do local, e ao redor dela surge o primeiro povoado.

A partir de 1630/1640 ocorre uma doação das terras que vão do rio Paraguaçu ao Patitiba para fundação de um novo povoado, que é o atual centro histórico. A dona dessas terras se chamava Maria Jacomé de Melo, e ela exigiu que para a enfatização da doação das terras, fosse construída uma igreja para Nossa Senhora dos Remédios e que os índios guaianazes não fossem molestados pelos portugueses. 
Igreja de Nossa Senhora dos Remédios,
por Letícia Fernandes
Em 1646 foi construída a primeira igreja de Nossa Senhora dos Remédios que era de taipa, bem pequena com cobertura de sapê, começa então o povoado ao redor da igreja constituindo a primeira rua da cidade (rua da matriz), em 1688 ela foi demolida e no mesmo local foi construída uma igreja maior de pedra e cal, obra que foi finalizada em 1712. De estilo neoclássico, sobressai por sua imponência e apresenta a sobriedade e o despojamento característico deste estilo, em que as grandes massas se contrapõem ao ritmo dos vãos. Destacam-se nesta igreja; a imponência da edificação, suas torres inacabadas e as imagens das antigas capelas. Acredita-se que as torres e o fundo da edificação não foram terminadas, não apenas pela falta de recursos e mão-de-obra escrava, mas também porque a igreja supostamente teria afundado, inclinando-se para frente, devido à inconsistência do terreno onde foi construída


interior da igreja de Nossa Senhora dos Remédios,
por Letícia Fernandes

Na mesma década que se iniciou a construção da igreja de Nossa Senhora do Rosário, teve também o início da construção da igreja de Santa Rita. Esta igreja, com sua respectiva Irmandade, reunia "as cores pardas de Paraty", tanto na vida como na morte. Em vida, nas cerimônias religiosas, e, na morte, pelo direito de se enterrar no cemitério da Irmandade, existente até hoje ao lado da Igreja. Para alguns, a criação dessas irmandades, no Brasil, visava acentuar, ainda mais, a diferença entre negros e mulatos, criando também uma subordinação aos brancos. Em termos de arquitetura religiosa, a igreja de Santa Rita se destaca pela sua construção de pedra e cal, possui uma fachada frontal com estilo barroco e um trabalho de madeira nas portas, e a elegância das sacadas do coro, tanto pela talha dos altares colaterais de canto, com belas imagens de Nossa Senhora.

Internamente, os altares são de madeira trabalhada, decorados com folhas de acanto e anjos, o coro e as tribunas apresentam finas rendas. O altar-mor foi feito com talha policromada, ladeado por colunas que se identificam por sua decoração com folhas de acanto e anjos, e sobre o topo apresenta-se o o talhado em madeira que simboliza a presença do Espírito Santo; em sua lateral chega-se ao cemitério da Irmandade. 
 
igreja de Santa Rita, via garfosequartos.com





Flip

A flip (festa literária internacional de Paraty) foi criada em 2003 com o objetivo de divulgar a literatura não só nacional mas mundial que é organizada pela Associação Casa Azul, conhecida como uma das principais festas literárias internacionais. A primeira edição estabeleceu um padrão de excelência às edições seguintes. Também é reconhecida pela quantidade de autpres convidados e por seu público descontraído.

Esse ano a flip teve como principais homenageada a escritora  Ana Cristina Cruz Cesar foi uma poeta e tradutora brasileira, É considerada um dos principais nomes da geração mimeógrafo da década de 1970, e tem o seu nome muitas vezes vinculado ao movimento de Poesia Marginal. Em 2016, foi  homenageada na Festa Literária Internacional de Paraty. Período cultural conhecido como Movimento Marginal, que influenciaria a produção cultural no Brasil nos anos 70. A Geração Mimeógrafo, ou Poesia Marginal, contou com importantes nomes que divulgaram a novo concepção artística na literatura brasileira (inovação encontrada também no Concretismo), fruto das primeiras rupturas literárias apresentadas pelos escritores modernistas da segunda década do século XX.
poeta Ana Cristina Cruz
exemplo de poema da geração mimeografa 

Usina Nuclear

Durante a viagem fizemos uma visita a usina de Angra dos Reis, uma experiencia incrível onde tivemos uma palestra em que  aprendemos sobre o funcionamento da usina, os impactos ambientais que ela causa e as vantagens de construir tal usina.
Para se construir uma usina nuclear hoje existem dois sistemas, o sistema PWR que é o que matêm o funcionamento de quase 65% das usinas no mundo incluindo Angra 1 e Angra 2 e o sistema BWR usado em 25% das outras usinas.
o sistema PWR funciona com a fissão dos átomos de urânio dentro das varetas do elemento combustível aquece a água que passa pelo reator a uma temperatura de 320 graus Celsius. Para que não entre em ebulição – o que ocorreria normalmente aos 100 graus Celsius -, esta água é mantida sob uma pressão 157 vezes maior que a pressão atmosférica.
desenho de reator, por Maria Luíza Astuti
O gerador de vapor realiza uma troca de calor entre as águas deste primeiro circuito e a do circuito secundário, que são independentes entre si. Com essa troca de calor, a água do circuito secundário se transforma em vapor e movimenta a turbina - a uma velocidade de 1.800 rpm - que, por sua vez, aciona o gerador elétrico.
Esse vapor, depois de mover a turbina, passa por um condensador, onde é refrigerado pela água do mar, trazida por um terceiro circuito independente. A existência desses três circuitos impede o contato da água que passa pelo reator com a dos demais.Causando uma maior segurança no monitoramento dos reatores.
Os reatores de Angra é um reator de agua pressurizada produzido pela Westinghouse. Este modelo em corte esta aproximadamente na escala de um para seis.O reator de Angra tem aproximadamente 10 metros de altura e pesa 233.000Kg sem considerar água de resfriamento e o combustível. 
 Nos reatores BWR a água aquecida pela fissão de átomos de urânio é transformada em vapor que ativa a turbina do gerador para produzir eletricidade. O BWR, portanto, assemelha-se a uma chaleira nuclear, cuja fonte de calor é um combustível constituído de óxido de urânio enriquecido, em liga de zircônio.
representação de reator nuclear de Angra 2por Maria Luíza Astuti

As usinas nucleares apresentam impactos ambientais menores que os impactos das outras usinas de produção de energia como hidrelétricas e usinas petroquímicas.Os impactos ambientais as usinas nucleares podem ter variadas origens e terem consequências muito negativas para todo o equilíbrio dos ecossistemas. Umas das causas deste impacto ambiental são os resíduos nucleares. Os resíduos nucleares resultam da produção da Energia Nuclear e nem sempre podem ser reaproveitados. Desta forma é fundamental isolar estes mesmos resíduos para que não haja qualquer fuga que possa comprometer de alguma forma o equilíbrio do meio ambiente. Em muitos casos, estes resíduos são armazenados nas próprias centrais e depois colocados a grandes profundidades. Também as fugas de radiação provenientes das centrais e, mesmo, de um armazenamento defeituoso desses resíduos pode contribuir para o agravamento do desequilíbrio ambiental. Assim, a existência de resíduos nucleares aliados às fugas de radiação podem causar os mais variados tipos de poluição: Poluição térmica, derivada da refrigeração das centrais nucleares; Poluição química, causada pelo tratamento de minérios de urânio e pelo reprocessamento do combustível irradiado, apesar de nas centrais nucleares este tipo de poluição praticamente não se verificar; poluição radioativa, através da libertação de radionuclidos (átomos em equilíbrio energético instável por terem protões e/ou neutrões em excesso) para a atmosfera. Para além destas formas de contaminação do ambiente, há que realçar os danos causados nos seres vivos, nomeadamente através das mutações cromossômicas e gênicas, que podem comprometer ainda mais todo o equilibro a nível dos ecossistemas. Os danos causados no meio ambiente seriam depois agravados se ocorresse algum acidente nuclear. 

Durante a palestra que tivemos ouvimos o palestrante dizendo diversas vezes que a energia das usinas nucleares era uma energia limpa e isso quer dizer que a usina não lança poluentes na atmosfera e que apresenta um impacto sobre a natureza somente no local da instalação da usina. 






Mergulho (biologia marinha)

O Reino Animal está dividido em diversos filos, sendo eles:
O filo dos poríferos,  é constituído por animais sedentários (fixos), bentônicos (vivem no fundo) e parazoários que possuem poros. Os porócitos são células externas que permitem que a água entre em seu corpo e os coácitos, encontrados em sua estrutura interna, possuem flagelos que possibilitam que a água circule por dentro conseguindo, assim, deixar nutrientes e oxigênio. No interior de todos os poríferos há uma cavidade chamada de átrio, local onde a água fica até ser filtrada pelos coanócitos, e depois de filtrada, sai lentamente pelo ósculo que se encontra na maioria das vezes acima do resto do corpo do animal, uma adaptação importante, pois evita a recirculação de água na qual já foi retirado alimento e oxigênio. Algumas espécies desses animais produzem substâncias tóxicas para afugentar seus predadores, e muitas delas estão sendo pesquisadas por estudiosos, já que contêm propriedades importantes na fabricação de antibióticos e anti-inflamatórios.

Filo dos cnidários, dividido em basicamente dois grupos, das medusas, que se locomovem e os pólipos, que são sésseis. Os animais desse filo são conhecidos por causarem queimaduras e irritações na pele, que se dão devido às suas células cnidócitos que se responsabilizam pela defesa contra predadores e pela captura de alimentos, já que no seu interior possuem um líquido tóxico capaz de matar suas presas; 

No mergulho pudemos observar a presença de ctenóforos, que são um tipo de medusa que promovem queimaduras (lembrando que nem todos ctenóforos queimam, como o que observamos na água).
ctenóforos, via pinterest

coral babão, por Lúcio Bravin
Coral cérebro e coral babão são outros dois exemplos; o coral cérebro possui esse nome por se assemelhar à um cérebro de ser humano e o coral babão libera uma secressão, que seria sua "baba", e está sendo estudada por farmacologistas já que essa secressão possui propriedades analgésicas.



coral cérebro, por Lúcio Bravin
Os poríferos são animais que vivem fixos ao substrato, não apresentando deslocamentos. Nos pólipos, a capacidade de locomoção é muito limitante e nas medusas, a locomoção é mais ativa, sendo realizada por um mecanismo chamado de jato propulsão, os bordos do corpo se contraem, e a água acumulada na fase oral da medusa é expulsa em jato, provocando o deslocamento do animal no sentido oposto.



O filo dos moluscos apresenta um grande número de espécies, uma característica muito marcante dos moluscos é a presença de conchas, que são carapaças calcárias, que garantem proteção ao animal e são beneficiadas já que assim podem se movimentar, gerando uma relação interespecífica de protocooperação. Nas lesmas e nos polvos, ela está ausente; nas lulas, é pequena e interna. Existem várias classes que compõem o filo;
 - Classe dos aplacóforos: são moluscos marinhos que possuem corpo vermiforme e algumas espécies são capazes de viver em grandes profundidades. Em geral não ultrapassam alguns milímetros de comprimento e não possuem concha.
 - Classe dos monoplacóforos: são exclusivamente marinhos e habitam águas profundas. Seu corpo é totalmente recoberto por uma concha.
 - Classe dos poliplacóforos: vivem aderidos à rochas nas regiões entre marés ou submersos.
 - Classe dos escafópodos: são marinhos e a maioria vive enterrada na areia ou no lodo. São popularmente conhecidos como concha-dente porque possuem uma concha cilíndrica que lembra um dente. O pé desses animais é musculoso e adaptado a escavar o substrato.
 - Classe dos bivalves: grupo grande e muito diverso, apresentando espécies marinhas e de água doce. Possuem uma concha composta por  duas partes, chamadas de valvas e têm uma cabeça reduzida e um pé estreito que lembra a forma de um machado. São espécies de bivalves que produzem as pérolas, que penetram entre a concha e o manto do molusco. Como forma de proteção, as glândulas epidérmicas vão envolvendo este objeto com camadas de uma substância lisa chamada nácar, originando a pérola. Um exemplo de bivalve que percebemos nos portos e no mangue foi o teredo que é diferente dos demais bivalves já que este não possui a concha com duas partes, ele se alimenta principalmente de microorganismos que estão na superfície da madeira e vivem dentro da mesma. Causam prejuízo à navegação, as escunas são de madeira portanto são atacadas pelo animal e se tornam uma "grande esponja" deteriorada por ele. A cada 6 meses os barcos são levantados dos atracadouros e recebem tratamento químico com uma tinta especial que não é tóxica e não se dissipa na água.
 - Classe dos gastrópodes: os gastrópodes representam o maior grupo dentro dos moluscos. Existem espécies de água doce, marinhas e terrestres. Há espécies com concha, geralmente espiralada e sem.
 -Classe dos cefalópodes: são marinhos, a concha pode estar presente, ausente ou ser reduzida e interna. Ao redor da cabeça geralmente há um círculo de tentáculos que atua na movimentação e captura de alimentos. Muitas das espécies possuem células cromatóforos, que permitem a esses animais mudar de coloração. Alguns cefalópodes também são dotados de um pequeno órgão, que contém um fluído escuro e quando ameaçados, esses animais liberam o fluído, dificultando a visão do predador. 
 exemplo de conchas utilizadas por moluscos, por Lúcio Bravin






No filo dos equinodermos as espécies possuem espinhos e a locomoção é o grande diferencial deste filo, os animais utilizam um sistema chamado ambulacrário que consiste em a água do mar entrar no corpo do indivíduo através da placa madrepóritca (placa circular com vários poros) e circular em canais dentro do corpo que emite numerosas ampolas, das quais partem os pés ambulacrários. Os equinodermos compreendem cinco grupos, que são:

 -Echinoidea: os animais apresentam corpo achatado com espinhos curtos e fixos ou quase esférico com espinhos grandes e móveis, como os ouriços. Há uma relação de protocooperação entre os recifes e os ouriços já que estes comem as algas que estão em sua superfície 
ouriço, por Lúcio Bravin
 - Asteroidea: possuem corpo estrelado com cinco ou mais braços e espinhos pequenos e fixos, um exemplo que vimos foram as estrelas do mar
por Lúcio Bravin
 -Crinóidea: apresentam corpo estrelado, com braços ramificados e não possuem espinhos
 -Holothuróidea: possuem corpo cilíndrico e sem espinhas, não têm braços, como os pepinos do mar, que são animais lentos que vivem no fundo do mar, na areia ou na lama. Algumas espécies sabem nadar e o pepino-do-mar é extremamente inofensivo, quando atacado, procura abrigo, enterrando-se na areia ou escondendo-se atrás ou debaixo de rochas. Eles comem areia, que pegam com os tentáculos retráteis presentes ao redor da boca, seu organismo reaproveita a matéria orgânica misturada à areia, como restos de algas, e depois elimina o que sobrou
pepino-do-mar, por Lúcio Bravin
 -Ophiuróidea: apresentam corpo estrelado, com espinhos curtos ou longos situados nos braços

Filo dos cordados, os cordados são os antepassados do ser humano e são divididos em três subfilos;

 -Urochordata: os urocordados são animais marinhos e sésseis (vivem fixos a um substrato). São recobertos por uma túnica que possui duas aberturas: o sifão inalante e o sifão exalante. O sifão inalante, ou sifão oral, localiza-se a boca do animal e é o local por onde entra a água do mar. Esses animais se alimentam de plânctons, que são retirados da água através das fendas branquiais. Depois de o alimento ser retido nas fendas, ele é encaminhado ao estômago através do endóstilo, para em seguida ser levado ao intestino e depois ao ânus. O ânus se abre para o átrio, onde todos os excretas serão eliminados, através do sifão exalante, ou sifão cloacal, que consiste na abertura por onde sai a água, os resíduos e os gametas do animal.

 -Cephalochordata: vivem semi-enterrados na areias, em locais de águas calmas e limpas, mantendo somente a parte anterior do corpo para fora do substrato. Embora passem a maior parte do tempo enterrados, eles podem nadar por curtos períodos de tempo. Assim como os urocordados, as fendas branquiais dos cefalocordados são bem desenvolvidas, indicando o hábito filtrador desses animais. Em ambos os casos, essas fendas não se abrem para o átrio. Nos cefalocordados os cílios das fendas branquiais promovem a entrada de água e a saída pelo atrióporo, que obtêm o oxigênio e alimento de que necessitam através dessa circulação de água.


 -Vertebrata: É o subfilo mais rico em diversidade. Os cordados vertebrados apresentam uma série de avanços com relação aos protocordados; massa encefálica protegida por uma caixa craniana e uma coluna segmentada em vértebras.